NacionalRecentesSaúde

Assistente Social – Seu Dia!

Assistentes sociais localizam familiares de pacientes, garantem apoio e tornam ambiente hospitalar mais humano. Do acolhimento até a alta hospitalar, Serviço Social de hospitais SUS supera desafios e faz a diferença na vida de pacientes.

Redação

São Paulo, 30/05/2023.

2,8 Minutos.

Acolhimento de pacientes, escuta sensível de familiares e fortalecimento de vínculos. Atividades assim se repetem na rotina de assistentes sociais que estão presentes nos corredores, quartos e portas de entrada do Hospital Universitário Cajuru, em Curitiba (PR). Quem chega para receber algum tipo de atendimento, muitas vezes está inconsciente ou apresenta dificuldades de fala, e é nessa hora que os profissionais entram em ação.

Em um momento de fragilidade e dor, o serviço social não mede esforços para buscar pela família e garantir os direitos de cada paciente. Para além da intermediação do contato, a missão diária é tornar o ambiente hospitalar mais humano e acelerar o processo de cura.

Os assistentes sociais assumem o papel de se colocar no lugar do outro, com o objetivo de entender suas necessidades e perspectivas. Nos bastidores do hospital com atendimento 100% via SUS, fazem parte de uma equipe de doze assistentes sociais. Eles que se dedicam diariamente a cumprir suas funções, certos de que poderão fazer a diferença e ser a acolhida indispensável em qualquer hora.

Assim como outros colegas de profissão, elas escolheram a área movidas pelo sentimento de empatia, que transforma-se em empenho, a fim de levar à população os conhecimentos necessários da garantia dos seus direitos. “Todos os dias, precisamos ponderar e compreender a realidade social de cada um, interferindo da melhor forma possível”, afirma a líder do Serviço Social daquele hospital.

Jornada incansável – antes, durante e depois…

O trabalho dos assistentes sociais começa no momento que o paciente chega ao hospital. A equipe discute e elabora um plano de ação, incluindo desde os pontos mais delicados da situação até a necessidade de encaminhamentos para serviços públicos. A Assistente Social Kátia Schmeing explica que, após a identificação do paciente, é feito contato com a família. “Caso a pessoa não esteja consciente, a equipe busca por documentos pessoais e inicia a busca por familiares com base nos dados cadastrados em sistemas integrados de saúde.

Contudo, quando não há documentos de identificação e demora na melhora, o serviço social pede, por ofício, que o Instituto de Identificação da Polícia Civil, faça a coleta das digitais. Feito isso, colocadas no sistema, buscam-se as pessoas compatíveis. Caso isso ocorra, as informações são enviadas ao hospital”, detalha.

Portanto, são fundamentais na garantia da atenção integral à saúde dos pacientes, pois trabalham em conjunto com uma equipe multiprofissional composta por médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais da saúde. Um dos papéis importantes desempenhados pelo serviço social é auxiliar os pacientes e suas famílias a entenderem os procedimentos médicos e os cuidados após a alta hospitalar.

“Durante a reunião entre a equipe médica e a família, há um momento em que precisamos falar sobre o quadro clínico do paciente e seu prognóstico. Ali, é comum a família questionar sobre os cuidados futuros e sentir-se insegura com relação à desospitalização. Essa é a hora em que a presença do serviço social faz toda diferença. Buscamos garantir que o paciente tenha acesso a todo o suporte social disponível”, aponta o médico coordenador dos cuidados paliativos do hospital.

Assistente Social- Seu Dia
Ações de acolhimento aos pacientes e familiares em equipe multidisciplinar. (Img. Web)
Cuidadosos e delicados

Lidar com a morte de pacientes e acompanhar o momento que essa notícia é dada para seus familiares é uma das situações mais delicadas na rotina do serviço social hospitalar.

Para isso, a Assistente Social Caroline Ferreira Borges conta que é preciso ter empatia e sensibilidade, além de estar preparado para oferecer o apoio necessário nesse momento difícil.

É um trabalho realizado junto com a equipe médica, que muitas vezes precisa do suporte do assistente social para orientar familiares sobre procedimentos legais e funerários.

“Esse trabalho integrado permite que as demandas de cada paciente sejam avaliadas de forma ampla e individualizada, garantindo um atendimento mais humanizado. A colaboração entre os profissionais é fundamental para agirmos corretamente com cada momento, desde um óbito até a alta hospitalar”, ressalta.

Movidos pela paixão

Para compreender cada indivíduo, os assistentes sociais utilizam seus instrumentos de batalha que incluem habilidade e técnica adquiridos ao longo de anos de estudos, aliados ao amor ao próximo. “Já coleciono histórias de pessoas que voltaram para o convívio familiar depois de mais de 20 anos.  Apenas demos o pontapé inicial e colocamos o paciente em contato com a família. Por isso, sou apaixonada pelo trabalho de procurar os familiares de cada um que está internado no hospital”, revela Caroline.

O esforço dos assistentes sociais do Hospital Universitário Cajuru é uma amostra do que esses profissionais fazem diariamente em instituições de todo o país. Eles firmam um compromisso em prol da sociedade, com um olhar voltado para o próximo. Sentem um intenso desejo de dar apoio aos pacientes e suas famílias. Com isso garantem o acesso não apenas ao tratamento médico, mas também a serviços e recursos que possam ajudá-los em sua jornada de recuperação.

“Tudo começa com a compreensão da realidade que os cercam, entendendo as diferenças entre os indivíduos e as camadas sociais. Além disso, precisamos deixar claro que eles podem confiar na instituição e que não estão sozinhos nesse momento difícil”, conclui Kátia.

Compartilhar

Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP