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Ferrofrente – Vamos de Trem

O Ministério dos Transportes abriu uma consulta pública para receber sugestões sobre o setor de transportes no Brasil. A Frente Nacional pela Volta das Ferrovias (Ferrofrente) fez sua contribuição e propôs alternativas e ideias para a melhora e desenvolvimento do segmento fundamental para o desenvolvimento do País.

José Manoel Ferreira Gonçalves

São Paulo, 19/01/2023.

2 Minutos.

A Ferrofrente destacou o peso do modal ferroviário no interior de um sistema de transportes multimodal, que colocam custo e eficiência como duas faces de uma mesma moeda, a competitividade. “Assim, deve-se  considerar que determinados aspectos precisam ser pensados e refletidos conjuntamente. São fatores que têm peso financeiro e ambiental quando comparados, por exemplo, os modais rodoviário e ferroviário.  Este último, dadas as características de sua utilização, implica em menor poluição, menor dano ambiente em todos os sentidos, além da menor incidência de ruídos e acidentes”, o engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves,  presidente da ONG Ferrofrente,

A instituição defendeu a importância em conciliar as pesquisas, pensando conjuntamente nos conceitos de cidade inteligente e mobilidade inteligente, enxergando na integração o único meio de conciliar estas duas dimensões da mobilidade urbana. “Não conseguimos mensurar projetos isolados, focados num único modal, com base em sua infraestrutura, deslocada dos demais modais e suas respectivas infraestruturas. Mas, a integração passa a ser uma demanda amplamente regional para incorporar em si toda a estrutura e infraestrutura que permite a mobilidade de todos os modais. Entretanto, devem-se criar formas de integrá-las, a partir da intervenção nas infraestruturas existentes e da criação de novas infraestruturas.

Para José Manoel, é preciso modernizar, ampliar, organizar, integrar, garantir modicidade tarifária, dar mais segurança e conforto aos passageiros. Estimar custos competitivos nos deslocamentos dentro do país, despoluindo, desburocratizando, humanizando o caótico sistema de transporte de cargas. Gerar economia de escala, com redução do preço dos alimentos na mesa dos trabalhadores, das famílias brasileiras. Por outro lado, tal providência, aumentaria nossa capacidade de competir nos mercados do exterior, enriquecendo assim toda a nação.

Economia Política e Política Econômica
Ferrofrente - Vamos de Trem
Um único trem de carga transporta milhões de Toneladas –  MG – SP (Img. Web)

“Decisões políticas precisam ser tomadas pensando no longo prazo. Há um problema estrutural e um problema cultural, que só vai mudar com educação para cidadania e para política. Temos que voltar a ter orgulho de nossas ferrovias”, declarou.

A entidade propôs ainda a incorporação de Conselhos Gestores junto ao setor ferroviário, como forma de potencializar sua participação junto aos sistemas de transportes. Isto porque esses conselhos agregam vários atores e valores da sociedade civil.

Desta forma, a partir de uma participação ativa junto aos gestores das ferrovias, contribuem de maneira colaborativa e democrática em várias dimensões da gestão. Formulação de diretrizes de trabalho, acompanhamento e avaliação das ações com sugestões de melhoria, controles, registros, assessoria, e outras tantas atividades que concorrem para uma gestão mais focada em resultados positivos.

“Por isso, cabe ressaltar a isenção de interesses políticos e econômicos desses conselhos, porque sendo formados por atores da sociedade civil, o aspecto no qual estão interessados é a promoção da qualidade dos serviços  prestados à população. O objetivo é o bem estar social da comunidade”, afirmou José Manoel.

A consulta pública abordou sete pontos: Competitividade; Segurança; Qualidade; Inovação e desburocratização; Eficiência e Sustentabilidade; Informação, Comunicação e Articulação Institucional, e Governança.

José Manoel F. Gonçalves – Engenheiro, Professor, Pesquisador, Jornalista, Advogado e Escritor.

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Redação

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