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Mulheres na Computação II

A retomada do espaço da mulher na computação. Iniciativas estimulam meninas a explorar as áreas de tecnologia, programação e empreendedorismo no Brasil.

Revista FAPESP

São Paulo, 19/02 de 2021.

1 Minuto

Continuando a matéria das Mulheres na Computação I, trazemos aqui mais uma parte da história da participação feminina neste espaço do conhecimento e da tecnologia basicamente ocupada por homens atualmente!

No dia 10 de abril o mundo foi apresentado à primeira imagem dos arredores de um buraco negro, no coração da galáxia Messier 87, há 55 milhões de anos-luz do Sistema Solar. O feito é resultado do esforço de mais de 200 pesquisadores do consórcio internacional Telescópio Horizonte de Eventos (EHT). Entre eles, o nome da cientista da computação norte-americana Katie Bouman se destaca.

Aos 29 anos, ela foi a responsável por desenvolver o algoritmo que auxiliou a equipe de cientistas a construir a imagem. A empreitada se deu há três anos, em seu doutorado em ciência da computação e inteligência artificial no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.

Mulher negra operando computador na NASA.
(Img.: internet)

Uma foto de Bouman publicada nas redes sociais no dia do anúncio correu o mundo. Nela, a pesquisadora aparece diante do computador reagindo com alegria à imagem do anel amarelo-alaranjado. A imagem transformou Bouman em uma das principais personagens do trabalho feito pelo consórcio EHT – e também em um símbolo para todas aquelas que lutam para retomar seu espaço na ciência da computação.

Elas já estavam lá

As mulheres tinham presença marcante nos cursos de ciência da computação nos Estados Unidos e no Brasil até meados da década de 1980, quando a tendência se inverteu e a área passou a ser ocupada majoritariamente por homens. Essa situação aos poucos começou a chamar a atenção de algumas instituições de ensino superior, como a Universidade Carnegie Mellon, na Pensilvânia, nos Estados Unidos.

Ela foi uma das primeiras a tentar compreender e reverter esse desequilíbrio em seus cursos de ciência da computação. O movimento com o tempo disseminou-se por outras instituições, inclusive do Brasil. Mais recentemente, novas iniciativas foram lançadas, todas com o propósito de contribuir para que meninas e mulheres se sintam motivadas a explorar as áreas de tecnologia, programação e empreendedorismo.

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Redação

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