Uncategorized

AEscolaLegal e Educação 4.0

Nossa revista subiu para uma plataforma. Isso significa, ‘lato sensu’, crescimento, evolução, adequação às novas demandas de comunicação da Educação, e claro, da Educação 4.0 , o modelo que deve ser atualizado e encarado como uma política de estado para o público – se é que queremos aparecer consoantes no “concerto das nações”!

Paul Feldman, diretor executivo da Jisc, (soluções de tecnologia do Reino Unido sem fins lucrativos), diz: “Sabemos que algumas universidades já estão desenvolvendo uma experiência em Educação 4.0 para estudantes que reflete o mundo em rápido desenvolvimento ao seu redor. Mas se queremos moldar esse novo mundo para atender às expectativas dos estudantes em 10 a 20 anos, precisamos de uma colaboração mais urgente em todo o setor. Queremos trabalhar com universidades para projetar e fornecer as soluções tecnológicas para uma experiência de estudante preparada para o futuro, que também pode ajudar a enfrentar os grandes desafios do ensino superior.

E se entendemos, de fato, o conceito de Profissional 4.0 (com a mudança no signo linguístico, embora permaneçam, em tese, no mesmo campo semântico, a palavra profissional ultrapassou e achatou, indiscriminadamente, o conceito de trabalhador, e esvaziou parte do discurso trabalhista baseado no marxismo dialético científico) –  Language is a virus. – então não há porque relativizar a questão, há uma urgência absoluta.

Não que Marx estivesse errado. Pelo contrário, ao seu tempo e pelo futuro esteve e está afinado. Sua leitura científica erigiu-se da essência, substantivamente, não nos adjetivos e penduricalhos linguísticos e neologismos que procuram desviar o foco de sua análise. Entretanto, a dinâmica capitalista gerou formas evasivas de defesa aos ataques que sofre. É normal querer se defender e se manter.

Nosso nível de propostas relacionadas ao grande guarda-chuva institucional da Educação, objeto dos trabalhos\estudos e de todo o material aqui apresentado, é preparado por mais de 2 centenas de colaboradores de prestígio, em diversas organizações de ensino, empresas e instituições de ponta que colaboram coletivamente, aqui no Brasil e no exterior também. Seguimos orientados pelos 17 ODS do Milênio da ONU, intrinsecamente relacionados, mas nosso foco de atuação é o número 4 – Educação.

Esta ideia, que não é nova, pretende traduzir as diferentes linguagens e propostas presentes nas diversas áreas do conhecimento humano, embasadas cientificamente em dados, informações, pesquisas e análises dos pensadores atuais, dos críticos modernos, de formação e visão de mundo e de vida consistentes.

Foram eles os mesmos que pavimentam e preparam o terreno de influencers de peso que já seguem esta linha, marcando presença também na nossa revista impressa (veículo de publicação trimestral e tiragem direcionada), cujo foco leitor são os estudantes, os professores, os gestores e os profissionais organicamente aderentes ao universo educacional\escolar, do nível fundamental e médio à graduação.

Esperamos para breve, versões online em língua chinesa, japonesa e inglesa, fato que ampliará sobremaneira nossa base leitora, e seguramente, a da colaboração online.

Desta forma, em tempos de vírus pandêmico e de anunciadas crises locais, situações de passagem,  e mundiais (sempre constantes – harmonia, é também uma ciência – e esta não pode ser impositiva, embora possa usar de recursos contrapontísticos), acreditamos que os pontos de vista destes pensadores e analistas sérios merecem destaque, e estamos aqui para recebê-los, sempre que quiserem e puderem, afim de disseminá-los a partir das nossas enxutas, porém efetivas estruturas dinâmicas e coerentes de informação, com ética, solidariedade e respeito ao leitor\colaborador.

Porque buscamos o Estado da Arte, da excelência nas escolas, onde se deverão praticar e propagar este modelo de Educação, livre, democrática, colaborativa, assistida, lúdica, do saber e do fazer, aproximada e em consonância com os avanços da atualidade e da contemporaneidade. Mas, isso não significa que estamos avessos a diversidade, ao debate coerente da base democrática e republicana que vivenciamos. Nisso trabalhamos, incansavelmente, nos esforçamos e por isso nos dirigimos às melhores cabeças pensantes que conseguimos alcançar, para coroar nossos esforços e objetivos.

Robôs e cobôs irão atuar em praticamente todos os segmentos da trabalho e da sociedade. (Foto:Unsplash)

A Educação 4.0 é uma base instrumental, de conhecimento e instrução para o novo mercado de trabalho, os trabalhadores de amanhã (4.0), na esteira da revolução industrial que se ergue sobre nós de forma tão avassaladora e crescente (como toda revolução), acrescida da velocidade promovida pelo 4G e em breve pelas evidentes vantagens do 5G. As revoluções nunca foram tão rápidas!

Robot e cobots – máquinas úteis

O que imaginamos é que um esforço do Estado e das forças produtivas alinhadas na direção da Educação e do contingente destes profissionais deve ser feito, e iniciar esta revolução dentro das escolas é urgente, no ensino básico e com forte incentivo na graduação superior.

Concomitantemente, é necessário desmistificar a ideia de que seremos dominados por robots (ainda que submetidos às leis da robótica, como descrito Isaac Assimov) e que perderemos espaço nesta substituição. Claro que sim – profissões e ferramentas serão extintas, ou cairão em desuso, como em 1800, 1900, 2000. 

Mas, é exatamente aí que entra a criatividade, o ponto referencial que diferencia a espécie homo habilis sapiens sapiens , a sua capacidade inesgotável do ser humano de se redescobrir e vir a ser a cada momento – autoconstrutivo coletiva e pessoalmente.

Educação 4.0 quer isso, aponta nesta direção, e as escolas, sejam públicas ou privadas devem se preparar para isso, pois serão o celeiro pujante, a “fábrica” da nova democracia e da individualidade, do ser capaz de agir e de pensar crítica e criativamente em seu benefício e no da sociedade.

Segundo os especialistas do Fórum Econômico Mundial: Há uma crescente desconexão entre sistemas educacionais e mercados de trabalho.

Muitas das crianças de hoje trabalharão em novos tipos de emprego que ainda não existem, com um prêmio maior nas habilidades digitais e socioemocionais nos próximos anos. A lacuna entre educação e emprego é exacerbada pela inovação limitada nos sistemas de aprendizagem, que foram amplamente projetados para refletir modelos de crescimento no estilo de fábrica.

A Quarta Revolução Industrial tornou imperativo que os sistemas educacionais se adaptassem. Sem ação, a próxima geração estará despreparada para as necessidades do futuro, criando riscos tanto para a produtividade quanto para a coesão social. Há uma oportunidade para os líderes do setor público e privado co-criarem sistemas de educação que atendam às necessidades das crianças no futuro.

A iniciativa Educação 4.0 visa criar uma agenda comum para transformar os sistemas de ensino primário e secundário, a fim de garantir a disponibilidade futura da próxima geração de talentos. A iniciativa causará impacto por meio de quatro intervenções interconectadas: 1) Criar uma estrutura global para mudar o conteúdo da aprendizagem e os mecanismos pelos quais ela é fornecida para refletir mais de perto as necessidades do futuro. 2) Moldar um modelo para capacitar e capacitar professores como o principal participante cuja adaptação tem um efeito multiplicador na próxima geração. 3) Destacar novos caminhos de política para habilitar o Education 4.0. 5) Construir um mercado para conectividade, colaboração e aprendizado entre escolas e sistemas de ensino em todo o mundo.

O Publisher

Compartilhar

Redação

ÆscolaLegal é um esforço coletivo de profissionais interessados em resgatar princípios básicos da Educação e traduzir informações sobre o universo multi e transdisciplinar que a envolve, com foco crescente em Educação 4.0 e além, Tecnologia/Inovação, Sustentabilidade, Ciências e Cultura Sistêmica. Publisher: Volmer Silva do Rêgo - MTb16640-85 SP - ABI 2264/SP